Acesso restrito.
O câncer de mama é o tipo que mais mata a população feminina, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um estudo do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), encomendada pela farmacêutica Pfizer, ouviu 14 mil mulheres e ela mostra que ainda há um grande desconhecimento do assunto.
Segundo o levantamento, 60% das mulheres ouvidas acreditam que a principal medida para a detecção precoce do câncer de mama é o autoexame. Na verdade, ele é importante, mas é a mamografia que é capaz de detectar tumores menores.
Ficou claro que apenas metade das mulheres com idade entre 40 e 49 anos fez mamografia nos últimos 18 meses, quando o indicado nessa faixa etária é fazer o exame todo ano.
Os números foram divulgados nessa quinta-feira (28), no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, em uma ação do Coletivo Pink - Por um Outubro para Além do Rosa, que marca o início da campanha de prevenção contra o câncer de mama.
Uma mama gigante, instalada no parque, apresenta, em seu interior, uma exposição sobre mulheres que vêm mudando a história da doença.
“Eu tive câncer de mama aos 27 anos. Eu estou há cinco anos acompanhando bem de perto. Meu médico falou que eu estou curada. É difícil pra gente, como paciente, porque o trauma é tão grande que é difícil falar: ‘estou curada’. Mas eu me sinto curada, me sinto saudável e agora estou acompanhando”, relatou a cantora Karen Stephanie.
Sobre o desconhecimento da população feminina sobre a prevenção da doença, a diretora médica da Pfizer, Adriana Ribeiro, acredita que a solução é a educação.
"Realmente, [é preciso educar] toda a população sobre o seu cuidado, sobre a importância de fazer os exames preventivos e também desmistificar o câncer, porque muitas vezes as pessoas não vão [ao médico] com medo do que possa ter no resultado do exame”, explica.
A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é que - entre 2023 a 2025 - sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no país, e que a doença cause 18 mil mortes. No Brasil, a média de idade das mulheres com a doença é de 53 anos, cerca de 10 anos a menos que nos Estados Unidos, por exemplo. A incidência é maior nas regiões Sul e Sudeste.
Entre os fatores de risco estão envelhecimento, genética, reposição hormonal, histórico familiar, menopausa tardia, gravidez a partir dos 35 anos e uso de anticoncepcional oral, além de sedentarismo, obesidade e álcool.
“Tem que ter acesso à mamografia para conseguir fazer o diagnóstico, de preferência antes que esse tumor seja palpável, porque, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, disse a oncologista Solange Sanches, do Hospital A.C. Camargo, referência em tratamento de câncer em São Paulo.
Fonte: Agência Brasil.
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